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É sempre assim. Os senhores arqueólogos alimentam, em convénio conspirativo e hipócrita, todas as obscenidades. Quando alguém questiona fora do protocolo estabelecido são unânimes. A quem interessa? Os senhores arqueólogos sempre foram assim.
Estão hoje protegidos ou escudados pela instituição da ‘’divulgação científica’’. A arqueologia passou há muito a ser uma instituição de ‘’divulgação científica’’. Quem controlar os meios de difusão e de ‘’divulgação científica’’ controla a arte.
Para controlarem os meios de difusão e de ‘’divulgação científica’’, os senhores arqueólogos firmarão acordos com deus e com o diabo, desde que todos se reúnam em convergência com o propósito unânime. As divergências calam-se, não interessam a ninguém, o que interessa são as convergências.
A arqueologia é uma arte política.

O senhor Henrique Estrada é autor de um ‘’blog’’ com obscena orientação protofascista, temperada e pigmentada com umas pitadas bacocas, perdão, barrocas, de bufão fidalgote. O ‘’blog’’, Cidadãos por Abrantes, teve desde o início o alegado propósito de contestar o projecto para o Museu Ibérico de Arte e Arqueologia de Abrantes, MIAA, antes de se perder nas intrigas fidalgas da aldeia. De vez em quando, resgata o propósito inicial e fundador, para submergir de novo nas histórias e paixonetas das tias, baronetes, condessas e marqueses da borda do Tejo. O Henrique Estrada escondeu-se desde sempre por trás do anexim Miguel Abrantes, o que lhe valeu alguns dissabores e uns valentes tabefes daqueloutro Miguel Abrantes autor do ‘’blog’’ Câmara Corporativa atribuído a José Sócrates. Passou então a assinar ‘’ma’’, assim em minúsculas, porque calha bem à sua figura. O ‘’ma’’ tem o aspecto de capitão de uma tropa de forcados.

Ora, mas o que para aqui interessa é que o ‘’ma’’ é ‘’ma’’ porque se fosse Henrique Estrada ficava-lhe mal. Porque como Henrique Estrada é membro fundador e eventual herdeiro do património da Fundação Ernesto Lourenço Estrada & Filhos, nomeadamente da colecção para o efeito denominada ‘’Colecção Estrada’’ que foi o núcleo fundador do propósito de instalação em Abrantes do Museu Ibérico de Arte e Arqueologia. Com esse propósito, a Fundação Ernesto Lourenço Estrada & Filhos celebrou com a Câmara Municipal um contrato de cedência, suponho que por dez anos, da para o efeito denominada ‘’Colecção Estrada’’.


Ora, porque digo suponho? Porque de facto não sei, o contrato encontra-se ao abrigo de um estatuto da espécie do ‘’segredo de justiça’’. Pelo menos para mim. O leitor alcançará mais adiante a ironia e o sentido de o contrato se encontrar ao abrigo do estatuto do ‘’segredo de justiça’’ pelo menos para mim. Só posso recorrer ao condicional instituído nos meios de comunicação social e referir fontes ‘’ligadas ao processo’’, reclamando o direito de omissão para as proteger.
Mas o que é a para o efeito denominada ‘’Colecção Estrada’’? Ora aí está um assunto acerca do qual eu estou na posse e sou guardião do ‘’segredo de justiça’’, mas em relação ao qual me sinto obrigado à confidencialidade para proteger as fontes.
Estabeleçamos entretanto um protocolo prévio, um ponto de partida, um domínio derradeiro de reserva ética. As fontes, as ‘’fontes’’ da para o efeito denominada ‘’Colecção Estrada’’, integrando nas fontes o seu propósito e a orientação da actividade colectora do Senhor João Estrada, nada têm nem tinham que ver com o Henrique Estrada, que é meramente o herdeiro ou um dos herdeiros da para o efeito denominada ‘’Colecção Estrada’’. Que assim é, para o efeito, denominada ‘’Colecção Estrada’’ para desagravar a consciência do Henrique Estrada e porventura da Fundação Ernesto Lourenço Estrada & Filhos. Porque ‘’Colecção Estrada’’ significa a colecção do Senhor João Estrada, de que por virtude do azar o senhor Henrique Estrada e restantes sobrinhos do Senhor João Estrada são herdeiros, através do mecanismo preliminar de extinção da fundação e retorno do património à cadeia sucessória.
Ora bem. Vem isto agora a propósito de uma publicação do Henrique Estrada no seu ‘’blog’’ Por Abrantes, que transcrevo.

abr1.jpg

 ‘’CIDADÃOS POR ABRANTES

Em defesa do Património e pela discussão do Museu Ibérico


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Terça-feira, 1 de Novembro de 2016
OLÉ, AVENÇADO ITALIANO DO MIAA DÁ EM AFICIONADO
 
O Doutor Davide Delvino, doutor pela UTAD, ser doutor por uma Universidade transmonstana dá um garbo especial, avençado da CMA pró projecto MIAA, que está há um montão de anos para apresentar um catálogo raisonée da Colecção Estrada, obra que certamente terá a colaboração científica do seu amigo Dr. Castro Nunes, é o flamante editor disto:
 

A obra que reúne as comunicações relativas a um Congresso que se realizou na Golegã, de 15 a 19 de Maio de 2013,foi em parte patrocinada pelo projecto MIAA, porque no cartaz então distribuído figurava a sigla MIAA.

a CMA também pagou, porque aparece como patrocinadora
 
Da lista de comunicações publicada não há nada referente ao MIAA, nem a Abrantes, mas pagámos para estes intelectuais dissertarem entre outras coisas sobre a festa brava, que a cacique abrantina analfabeticamente recusa que faça parte da cultura portuguesa, embora haja na terriola dela um tentatero onde actuou Concita Citrón  

Os que falam sobre cavalos no ''latifúndio andaluz'' são espanhóis e não foram capazes de arranjar um luso para dissertar sobre os nobres Alteres, quando o melhor cavalo que passou pelos ''ruedos'' do país vizinho foi o ''Cangançho'' do cavaleiro navarro Pablo Hermozo de Mendonza, era de raça lusitana.
 
Da comissão científica fazia parte a Doutora Ana Paula Cruz que deu defrosques do IPT, acusando esta gente de censura. Os acusados de censura entre eles Sara Cura e Luiz Oeesterbeck foram incapazes de prestar qualquer esclarecimento à comunidade académica.
 
O livro leva um título em inglês, coisa lamentável para uma actividade científica realizada em Portugal e paga por dinheiro público luso.
 
O livro é impresso em Génova, como se em Portugal não houvesse tipografias.
 
Finalmente quanto é que custou aos abrantinos a actividade do Doutor Delfino?

 

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127.500 euros por ajuste directo
 
E como isto é um blogue, que fala de questões políticas e culturais, pergunta-se porque é a CMA não abriu concurso público para este lugar???? E para os outros deste malfadado processo?
 
Resta-nos a fraca consolação do doutor Delfino ter dado em aficionado e andar a promover livros que falam dos touros....
 
Já agora no livro chamam ao conhecido lavrador e médico Dr.Veiga Maltez, ''Mayor of Golegã''. O lavrador denunciou, com prosa dura, a barbaridade feita por umas bestas, armadas em vândalos, no Convento de S.Domingos.
 
Vai o Doutor Delfino ficar caladinho, como o ficou a cacique abrantina, cujo gosto rupestre é conhecido, face a estas críticas do grande senhor que é Veiga Maltez???
 
ma ‘’    

 

 

Reproduzo na íntegra, porque depois de ter denunciado esta trapalhada em vários foros internáuticos o Henrique Estrada eliminou a publicação, pensando talvez que, desse modo, eliminaria a matéria. No caso solidário com o Davide Delfino que, em resposta à minha denúncia na ‘’mailing list’’ ARCHPORT, perguntava: ‘’Qui prodest?’’. O que significa ‘’em linguagem’’, mais ou menos, ‘’A quem interessa?’’

Posto isto, vamos esclarecer esta trapalhada, vamos esclarecer todas as questões que o meu amigo Davide Delfino entende que não devem interessar a ninguém porque lhe perturbam a concentração intelectual e sobre as quais o Henrique Estrada entende que o Manuel de Castro Nunes se calaria também por consideração por seu tio, o Senhor João Estrada.


Começo por reproduzir uma troca de galhardetes entre mim e o Davide Delfino na ‘’mailing list’’ ARCHPORT.


Manuel de Castro Nunes, 1 de Novembro de 2016.
‘’A propósito desta surpreendente novidade, não posso deixar de aqui notar que ela mereceu, por parte do senhor Henrique Estrada, Fundação Ernesto Lourenço Estrada & Filhos, o seguinte comentário, no blogue ''Por Abrantes''.

''O Doutor Davide Delvino, doutor pela UTAD, ser doutor por uma Universidade transmonstana dá um garbo especial, avençado da CMA pró projecto MIAA, que está há um montão de anos para apresentar um catálogo raisonée da Colecção Estrada, obra que certamente terá a colaboração científica do seu amigo Dr. Castro Nunes, é o flamante editor disto:
(...)''

http://porabrantes.blogs.sapo.pt/ole-avencado-italiano-do-miaa-da-em-3223974

Muito me apraz ser incluído no grupo de amigos do Doutor Davide Delfino, surpreendido todavia por estar a colaborar na elaboração do ''raisonné'' da Colecção Estrada, que, segundo depoimento de Davide Delfino e de Gustavo Portocarrero, expressa em tribunal, é constituída por mais de 90% de peças ''seguramente'' falsas e que, por isso, serão, de acordo com o que estabelece a lei, oportunamente destruídas.
Para já, não me ocorre mais comentário.
''Também tu, meu Caro Bruto?''

Davide Delfino, 2 de Novembro de 2016.

‘’Estimados colegas,

que dizer? Perante estas ligações inoportunas entre duas coisas que não tem nada a ver uma com a outra, posso só especificar o seguinte:

Em relação a quanto escrito por o Manuel Castro Nunes: na Coleção Estrada há falsos mas de certeza não atingem um assustador 90% das peças 

Em relação a umas das muitas afirmações falsas, a mencionada aqui por o Manuel Castro Nunes, (seguramente por causa de ignorância sobre os conteudos e a estrutura do Congreso de Golegã e Chamusca) escritas por o tal Henrique Estrada no tal blog (é verdade que, como afimrou o Umberto Eco, os social media dão direito de palavra a legiões de pessoas pouco cuidadosas): há um montão de anos que se publicam catalogos das Antevisões do M.I.A.A. e das Atas das Jornadas do M.I.A.A.(http://miaa.cm-abrantes.pt/publicacoes.html), que constituem o alicerce do chamado o catalogo "raisoné" do M.I.A..A.

Sem mais conentários, enquanto tenho de gastar o meu tempo em coisas mais sérias (o trabalho) que não nos social media.

"Qui prodest?"’’

 

Manuel de Castro Nunes, 2 de Novembro de 2016.

‘’''Qui prodest?'', pergunta o meu estimado amigo Davide Delfino.
Eu com toda a franqueza não sei. Não sei a quem serve toda esta trapalhada, toda esta forma oportunista de fazer as coisas.
A mim não me serve. Mas acredito piamente, com toda a piedade, em que serve a alguém.
Bem, o senhor Henrique Estrada, note-se que ao referir explicitamente o senhor Henrique Estrada quero salvaguardar a Fundação Estrada tal como a conheci outrora, talvez tenha ouvido confortado o Davide Delfino e o Gustavo Portocarrero declararem em tribunal que 90%, reitero, da colecção Estrada é falsa. De resto, as sessões do tribunal têm actas.
O que o senhor Henrique Estrada não mediu foram as consequências.
Portanto, a ''coisa'' deixou de servir o senhor Henrique Estrada. Parte da colecção estrada foi, para já, perdida a favor da República, que fica obrigada a destruí-la, se não for o caso de o MNA quiser abrir uma sala didáctica com contrafacções. O MNA ou a PJ.
Ora, sendo assim, torna-se de facto imperativo saber que percentagem das peças da colecção Estrada é falsa, na opinião dos autores do ''raisonné''.
Para sabermos que percentagem e quais devem sujeitar-se ao mesmo destino.
Ora, o que me parece é que as conclusões do desejado ''raisonné'' interessaram muito ao senhor Henrique Estrada, até ao momento em que percepcionou que a Fundação Estrada perdera já parte da sua colecção para a República e antevê-se que perca mais, quase toda, a bem dizer.
Quanto ao resto, seja, quanto aos ''social media'', penso que o Davide se referia às ''redes sociais'', a maior fonte de perturbação do trabalho intelectual. Mas, lembrando ao Davide que este sítio, onde divulgou este assunto, é também uma ''rede social'', veio-me a propósito aderir às multidões que gritaram em uníssono em Paris ''Eu sou Charlie!''.

Seria na verdade lamentável que isto não servisse ninguém.’’

 

E assim ficou, porque, aparentemente, não interessou a ninguém.
Entre o que não interessa a ninguém é que parte do ‘’raisonné’’ do Davide Delfino e do Gustavo Portocarrero foi apresentado no âmbito de um já famigerado processo judicial e confirmado por depoimento verbal em sede de julgamento, constituindo um apreciável exemplo didáctico do rigoroso trabalho pelo qual, de acordo com os dados divulgados pelo Henrique Estrada, receberam, cada um, cento e vinte e sete mil e quinhentos Euros da Câmara Municipal de Abrantes, só durante os anos de 2011 e 2014.
Não interessa também quanto pagou a Fundação Ernesto Lourenço Estrada & Filhos aos dois autores do ‘’raisonné’’.
Saberá o Henrique Estrada o que é um ‘’raisonné’’?

Vamos então falar detalhadamente do que não interessa ao Davide Delfino e deixou de interessar ao Henrique Estrada.

 

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