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Foi em Fevereiro de 2015 que soubemos que a distribuição dos recursos pelos desembargadores é feita por sorteio electrónico. Tratava-se de decidir então sobre um recurso da defesa de Sócrates contestando a prisão preventiva.
A tômbola então avariou inesperadamente. Rapidamente se recompôs e a roleta parou nos nomes de Agostinho Torres e João Carrola. Nada então a opor à soberana decisão da tômbola, que é suposto e óbvio não ser vulnerável a parcialidades e pressões.

A mesmíssima roleta electrónica parou agora, Março de 2017, no nome de Rui Rangel.
É demais! A tômbola deixou-se contaminar pela parcialidade, é a segunda vez que se amanceba com o desembargador Rui Rangel. Aqui há gato.


O Supremo Tribunal de Justiça estava atento. A tômbola vai ter que entrar na linha e o nome do desembargador Rui Rangel foi excluído do sorteio, não vá a tômbola electrónica do Tribunal da Relação de Lisboa abusar de novo da sorte.
A situação é cómica, sem dúvida. Mas começa a parecer muito grave, muito mais do que parecia até agora. É altura de dizer basta!
Começa a ser tarde demais para o governo e o parlamento derrubarem esse obsceno muro que salvaguarda a impunidade do ''poder judicial''. O escrutínio público não pode já ser evitado.



 

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2 comentários

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De MRocha a 11.03.2017 às 08:02

Esta cena de declarar um juiz incompetente para o desempenho das suas funções e nem sequer o suspender, é de antologia ! Depois disto quase posso dizer que já vi tudo !
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De Maria de Sempre a 12.03.2017 às 11:55

Subscrevo MRocha. A competência de um juiz é ditada consoante as ligações partidárias, telefónicas, emocionais e físicas. Imagino que todos os juízes terão lá um cadastrozito de informações privadas para avaliação do risco de imparcialidade. 

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