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O lado do Caso BPN que poucos conhecem nos seus trâmites mais profundos, obscurecidos pelos interesses das partes envolvidas. O relevo dado a duas colecções de arte entretanto sem paradeiro, fazendo crer que são motivo de todo o descalabro do caso BPN
Entendo que devo informar os leitores e seguidores deste local de que fui hoje, durante a manhã, convocado para me apresentar no Departamento Central de Investigação e Acção Penal no dia 15 próximo, por mandado do Procurador Jorge Rosário Teixeira, a fim de ser constituído arguido no âmbito do Processo 91/09.9JDLSB e prestar declarações.
Vou entretanto recordar aqui alguns passos e documentos que aqui revelei. E colocar algumas questões, que entendo que o Senhor Procurador deve conhecer previamente.
A primeira questão que coloco e que tem sido a matéria que mais me obrigou a ponderar sobre o âmbito deste, como dos outros processos instaurados no âmbito do ‘’caso BPN’’, é a seguinte:
Sendo certo que, de acordo com o que foi divulgado e nunca contestado, a colecção ‘’egípcia’’ passou à propriedade do Estado após a nacionalização e se encontra sob a guarda e custódia da PARVALOREM, em conjunto com os demais activos, ou passivos, do extinto BPN, devendo pois ser considerada património público, porque razão as entidades tutelares do património cultural e artístico, a Direcção Geral do Património Cultural e a Secretaria de Estado da Cultura, nunca a reclamaram nem se manifestaram sobre o assunto, excluindo as sumárias declarações do então Director do Museu Nacional de Arqueologia, Luís Raposo?
Continua também por esclarecer a quem pertenceria a colecção ‘’egípcia’’ na data da nacionalização do BPN, se ao BPN ou à GESLUSA que a adquiriu. Como continua por desvendar o actual paradeiro. Sem a presença da colecção, parece-me impossível determinar se de facto era ou não autêntica.
Fui hoje convocado para ser constituído arguido. Mas, na verdade, há mais de três anos que espero resposta a este depoimento.
Da parte dos senhores arqueólogos e demais autoridades.