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O lado do Caso BPN que poucos conhecem nos seus trâmites mais profundos, obscurecidos pelos interesses das partes envolvidas. O relevo dado a duas colecções de arte entretanto sem paradeiro, fazendo crer que são motivo de todo o descalabro do caso BPN
Ora então, esperamos ter ficado claro que nem o BPN, nem Oliveira e Costa compraram uma colecção ‘’de arte egípcia’’, compraram algo que os arqueólogos ainda não conseguiram descrever. Mas sobre que já muito escreveram e falaram.
Ficamos também a saber que não foi o BPN quem comprou, talvez tenha sido por portas travessas Oliveira e Costa, mas formalmente a SLN.
Sabemos que, pelo que é publicamente divulgado, ninguém conhece o actual paradeiro da colecção de ‘’arte egípcia’’, sendo mesmo de admitir que tenha navegado para as ilhas Caimão.
Sabemos que a compra da colecção de ‘’arte egípcia’’ não foi a razão, nem uma das razões da insolvência do BPN. A razão da insolvência do BPN foram os sucessivos créditos concedidos à SLN para especular, durante década e meia, pelo menos, no mercado de ‘’lixo tóxico’’. Arte, imobiliário e produtos financeiros.
Também tudo leva a crer que nenhum desses produtos seria propriamente ‘’tóxico’’. Tóxicos eram os procedimentos por que enveredaram as relações entre o BPN e a SLN.
Sabemos que as pinturas de Miró, cujo paradeiro também parece ser incerto, fazendo fé no que vem a público, foram adquiridas a umas tais ‘’offshores’’ sediadas nas famigeradas ilhas. Sendo também insolitamente verdade que entraram na posse do BPN, ou da SLN, não se sabe bem, após execução de uma dívida a uma sociedade espanhola.
O que é verdade é que não se sabe nada. São todos uns troca tintas.
Sabe-se que o valor do precipício BPN é de quatro mil e quinhentos milhões de Euros. E que o assunto mais badalado é uma colecção de ‘’arte egípcia’’. E sobre essa, com o que temos aqui alegado, sabe-se já quase tudo.
Vamos pois colocar em confronto toda a informação contraditória que tem saído, para analisar um facto elementar. A paridade entre o valor alegado do ‘’precipício’’ BPN e o valor que o Governo da coligação alegou que teria que ser rasurado do deficit com o orçamento de 2013 e que foi a razão do assalto do governo à Constituição da República.
Caso contrário há que colocar um questão radical. Como foi possível a supervisão perder assim o controlo e permitir que o valor dos créditos do BPN à SLN atingisse esse patamar? E como foi possível que as auditorias realizadas em 2008, nomeadamente por Cadilhe, estimassem a insolvência da SLN relativamente ao BPN se saldava em oitocentos milhões de Euros e estivessem cobertos por activos que, ainda que ‘’tóxicos’’, asseguravam a cobertura por excesso dos valores em causa?
Mas para que não subsistam dúvidas publico aqui três fotos. E digam-me os senhores arqueólogos qual delas parece inca.