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Bem, para adivinhar o que queremos concluir, basta que tenhamos perdido meia dezena de dias em errância pelos campos, sobretudo junto dos leitos de rios, em companhia de alguém ingênuo e imaginativo, como uma criança.

Que grande escultor é a natureza! O ror de gente verdadeira que podemos encontrar numa cascalheira. E de bichos?

Eu guardo entre os meus trastes um calhau rolado em anfibolite em que a natureza representou o Napoleão, outro em granito em que representou o J. F. Kennedy, outro em quartzito em que representou o Fernando Pessoa com óculos, bigode e chapelão, outros ainda que nem digo, não vá amofinar-se alguém.

E é assim, quando uma rocha resiste mais ao cinzel, ou apresenta linhas de fractura tão sensíveis que o cinzel não pode prever, basta procurar o que a natureza já produziu no seu incansável e aleatório labor e dar uma pequena ajuda.

 

 

   

                                                                             

 

 

 

 

   

 

 

 

 

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De MCN a 29.09.2013 às 20:06

A secção da Fertilidade, constituído por representações antropomórficas mais ou menos ideograficamente complexas, pressupostamente relacionadas com o culto da fertilidade, ou da fecundidade, como lhe queiram chamar. Estas esculturas apresentavam-se acompanhadas de registos de vário alcance, individuais e respeitantes a achados de conjuntos em que se evidenciava uma coerência e consistência difícil de contestar. Deduziu-se a contemporaneidade muito aproximada de todos os registos e mesmo, através da rigorosa análise da expressão linguística, a emissão de fontes contíguas que haviam podido observar praticamente todo o conjunto e confrontar os seus componentes entre 1930 e 1940, com acesso a fontes orais de transmissão directa da informação. Podemos até deduzir que a informação, alguma mesmo que andaria manuscrita, foi recolhida e recenseada nesse período por alguém encarregue do estudo exaustivo do conjunto, no máximo três agentes difusores, em verbetes dactilografados.
As referências aos contextos de achado são coerentes, como oportunamente comprovaremos, estabelecendo permanente associação a trabalhos e campanhas da iniciativa dos Serviços Geológicos ou seus antecedentes, referindo, para mais, a recolha por parte de técnicos desses serviços, enquanto tais, de artefactos similares ou mesmo de alguns destes.

Os dados então recolhidos de uma exaustiva análise, quer iconográfica, quer hermenêutica, quer da apresentação física e material dos artefactos, sujeitos a observação macro e microscópica, incidindo sobre patines, marcas de erosão, concreções alógenas irremovíveis, etc., não toleravam, genericamente, dúvidas quanto à sua autenticidade. A própria natureza dos suportes apresentava consistência com os dados geológicos referentes aos locais reportados ao seu achado.

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