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O lado do Caso BPN que poucos conhecem nos seus trâmites mais profundos, obscurecidos pelos interesses das partes envolvidas. O relevo dado a duas colecções de arte entretanto sem paradeiro, fazendo crer que são motivo de todo o descalabro do caso BPN
Informação de serviço de João Oliveira, Coordenador de Investigação Criminal da Directoria de Lisboa da Polícia Judiciária, para Ferreira Leite, Director Adjunto da Polícia Judiciária. Novembro de 2008.
O documento abre o primeiro volume do Processo 91/009.9JDLSB, que tem como matéria a famigerada ‘’colecção egípcia BPN’’, propriamente GESLUSA, e refere os resultados de cerca de três anos de investigação.
‘’Receio que as peças, durante algum tempo guardadas na cave do edifício sede, sejam alienadas, ou que já o tenham sido, e que saiam do País, o que constituiria um rude golpe na cultura nacional.’’
Para já, sem outro comentário, senão este:
Do que claramente se expressa na informação de serviço de João Oliveira, só pode deduzir-se que em Novembro de 2008 as peças já não estavam guardadas na cave do edifício sede e que João Oliveira desconhecia o seu paradeiro.
Reitero em que, constatado o carácter grosseiro da Acusação deduzida e proferida no dia 2 de Junho de 2014, não estou de momento preocupado com a minha defesa.
A minha preocupação restringe-se, quase exclusivamente, ao resgate do paradeiro de uma colecção de arte condenada, com a cumplicidade de todos e sem qualquer fundamento aceitável, a ser falsa. Com tudo o que de tal advém.