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""Trabalha 14 horas por dia. (...) Tenho pena de não o poder clonar”, disse em 2012 Cândida Almeida, então directora do DCIAP. "

REVISTA SÁBADO, 26 de Julho de 2014.

Possa, Cândida!

A cultura dos magistrados portugueses aproxima-se em derrapagem vertiginosa da cultura futebolística. Clonar um magistrado? É aceitável que alguns dirigentes desportivos ou treinadores quisessem clonar o Cristiano Ronaldo. Ou que a direcção da SAD do Benfica quisesse clonar o Pinto da Costa. Mas a então Directora do DCIAP queria clonar o Jorge Teixeira.

É verdade que, assediados pela opinião pública, os super magistrados foram compelidos a cultivarem uma forma de expressão peculiar que, não sendo propriamente forense, é habilitada a intervir nos órgãos de comunicação social, onde passaram a ter que ganhar antecipadamente todos os processos em risco de se perderem, por falta de competência e de diligências apropriadas, na barra das salas de audiências.

A Cândida Almeida, a mais bela procuradora de Portugal, não queria clonar o Jorge Teixeira. Tentava, por ainda insondáveis razões, consolidar a imagem mediática do super magistrado de chocolate. A Cândida bem sabia que, uma vez clonado, o Jorge Teixeira deixaria de ser o super procurador, porque super procurador só pode haver um, para centralizar na mesma pessoa cento e setenta processos contra a criminalidade económica e financeira.

Esta declaração da Cândida procuradora apaixonada pelo super homem foi agora ressuscitada a propósito das catitas intervenções do super Jorge Teixeira no processo BES. Muito em breve desenvolveremos o tema BES, que os portugueses continuam a fingir não entender que pouco mais é do que a refrega final entre dois carteis no território de vigência do acordo ortográfico.

Mas o processo BES é muito complexo. Por isso, o que proponho é que o leitor tente alcançar os meandros mais recônditos dos processos BES e BPN entendendo os trâmites do processo em que a esperteza saloia dos magistrados e polícias fica mais a descoberto, que é o da ‘’colecção egípcia’’ do BPN.

Porque mais vale clonar o Luís Raposo e o Rui Girão do que o Jorge Teixeira.

 

Em 9 de Janeiro de 2009, a AGÊNCIA LUSA disseminou através de diários e semanários, da rádio e da televisão, um ‘’trabalho de investigação’’ que a Polícia Judiciária, ou seja, o castiço super inspector Rui Girão, o mesmo que promoveria depois a constituição de uma ‘’comissão de peritagem’’, encomendou ao Filipe Alves e ao Nuno Vinha, dois rapazolas da geração dos indignados, ou ‘’à rasca’’, que perderam comigo uma tarde a tentarem entender o que eu queria dizer.

Eles não entenderam nada, mas eu entendi logo o que dali ia sair.

Quando foram depois reportar ao Rui Girão, ao Luís Raposo e ao Manuel Bairrão Oleiro o que tinham ‘’sacado’’ ao Castro Nunes, saiu isto:

‘’A intervenção do Museu Nacional de Arqueologia teve lugar em 2005, a pedido do Instituto Português de Museus (IPM), numa altura em que as peças já se encontravam na posse do BPN mas em que a venda não estava ainda concluída.

"Por não haver registo nem memória deste tipo descoberta em Portugal, a comunidade arqueológica interroga-se sobre a sua proveniência e nalguns casos mesmo, sobre a sua autenticidade", disse à agência Lusa o presidente do IPM, Manuel Bairrão Oleiro, que teve conhecimento da existência da colecção em 2005, por iniciativa de Manuel Castro Nunes, o arqueólogo que avaliou as peças e intermediou a venda das mesmas ao BPN.’’

Expresso, 9 de Janeiro de 2009

 

Que devemos deduzir, senão que a venda se realizou graças ao parecer pedido por Manuel Bairrão Oleiro ao Luís Raposo?

Mas, como veremos, o parecer nunca foi emitido nem pedido. Não consta em lugar algum entre mais de duas mil páginas de autos do processo. O parecer, para se associar à colecção sobre que alegadamente versa, anda também sem paradeiro.

Porque razão tiveram Luís Raposo e Manuel Bairrão Oleiro que mentir, sabendo que, mais tarde ou mais cedo, alguém daria pela marosca? Avaria no trampolim do super inspector.

 

Mas o certo é que, graças a este malabarismo processual, o MNA e o IPM, ou Luís Raposo e Manuel Bairrão Oleiro responderão pelo menos por incúria, porque não remeteram para o BPN o parecer que demoveria Oliveira e Costa de comprar a ‘’colecção egípcia’’. Ou porque o parecer era tão sólido que visto e lido o Oliveira e Costa optou pelo parecer do Manuel de Castro Nunes.

É caso para dizer que o Luís Raposo "arrasou o parecer do Manuel de Castro Nunes".

 

Não clonem magistrados! Clonem o Luís Raposo e o Rui Girão!

 

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2 comentários

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De M a 27.08.2014 às 15:54

Há pessoas que deviam ser clonadas e não é nenhum desses. Pessoas como o autor deste blogue, para varrer a escumalha que por aí anda. Deixo este texto que alguém teve a gentileza de partilhar. 

Por aí,de um senhor Linhares: 


"Sou um velho professor de história, interessado pela arte de uma forma geral e pela arqueologia de uma forma particular. No âmbito destas minhas paixões tive o prazer de conhecer, circunstancialmente, o Manuel Maria de Castro Nunes. Cedo encontrámos caminhos comuns, percursos paralelos, idênticas ânsias e sonhos compartilhados.
Vou ser breve. Acompanhei, jugo que quase desde o principio, a sua participação na orientação, classificação e valorização de uma rara colecção de objectos arqueológicos recolhidos por um individuo de invulgar valor, perseverança, sabedoria e “feeling” de seu nome João Lourenço Estrada. Acompanhei, de perto, os sucessos de tão estreita ligação. Desde o princípio que o Manuel Maria demonstrava um interesse inusitado, na sua já longa vida de estudioso, na relação com o projecto do Sr. Estrada. Foram dias, foram noites, foram horas roubadas ao descanso, eu fui testemunha, dispensados na recolha, estudo e preservação da maior colecção de arqueologia na posse de um português, quiçá de um cidadão do mundo.
Julgo que lhe veio a competir, posteriormente, a preparação de um espaço condigno, onde um sem número de obras de arte seriam arrumadas e expostas com critérios rigorosos de classificação museológica. A nada se furtou! Incansável, mais uma vez fui testemunha, do tempo que roubou à companheira em fase terminal de doença cancerígena… Enfim.
Algo entretanto se passou. A Fundação da Amnésia, no seu mais elementar direito de gestão, organizou o seu projecto como melhor o entendeu.
Chegam-me à mão hoje dois catálogos de exposições preparatórias do que há-de ser o futuro museu. Conhecedor do volume e extensão da colecção, fogem à minha compreensão os critérios da selecção de peças para os catálogos. Concerteza que existem, espero que não sejam aqueles que eu temo. Gente nova chegada ao projecto a seu tempo, pouco ou nada preparada, pode vir a ter desígnios tenebrosos para algo que se queria exemplar, único e de dimensão inquestionável.
Por fim choca-me a “amnésia” da Fundação e dos seus responsáveis. Nem uma pequena, que seja, referência a Manuel Maria Castro Nunes, mau grado usarem, sem rebuço, toda a informação existente e por ele recolhida. Questionei-o, de imediato. Pareceu-me muito triste a sua resposta de que o assunto não tinha importância, fazendo, sempre, questão de ilibar o Sr. João Estrada.
Estão a tempo de corrigir tanta ingratidão. Façam-no e quanto antes, não vá o signatário alimentar com mais algumas informações o desvio e transvio de um projecto eivado de embustes e incorrecções."
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De silva a 14.09.2014 às 11:06

A TRÍADE SALOIA Casino Estoril Sol III

No caso da farsa do despedimento coletivo do Casino Estoril,passam já quatro anos sem fim à vista por atraso da justiça a maior parte das pessoas estão na miséria e vão inevitavelmente por falta de ordem económica entrar em pobreza profunda este é o maior espectáculo de drama deste Casino Estoril.


http://revelaraverdadesemcensura.blogspot.pt/

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