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O lado do Caso BPN que poucos conhecem nos seus trâmites mais profundos, obscurecidos pelos interesses das partes envolvidas. O relevo dado a duas colecções de arte entretanto sem paradeiro, fazendo crer que são motivo de todo o descalabro do caso BPN
Que dizer mais? Fazer o sumário.
A coligação PSD/CDS nega ao Grupo Parlamentar do PS autorização para visitar o depósito das obras de Joan Miró. Embora o Secretário de Estado da Cultura continue a insistir no inventário de todas as obras de arte que estavam alegadamente em posse ou propriedade do BPN.
Todavia e em resposta, a ex-Ministra Gabriela Canavilhas anuncia que o Primeiro Ministro tem em cima da secretária a solução para a questão, que evitará a venda das obras de Joan Miró. Acrescenta que não pode ainda falar sobre o assunto, mas garante que a solução passa por políticos e empresários. Por políticos e empresários? Quais? Os mesmos que sempre estiveram por trás desta trapalhada?
E agora julgue o leitor. Que podemos ou devemos deduzir da decisão da coligação PSD/CDS de impedir o Grupo Parlamentar do PS de visitar o depósito da obras senão que elas não estão como nunca estiveram lá?
E que devemos deduzir ao constatarmos que o PS acata sem tomar uma posição assertiva essa decisão senão que o PS também soube sempre que as obras não estão lá? E que tenta fazer ‘’vista grossa’’ sobre o assunto anunciando que existe na secretária do Primeiro Ministra uma solução para o problema?
A deputada Gabriela Canavilhas notabilizou-se, quando Ministra, como ‘’testa de ferro’’ do governo do PS, assumindo medidas como o desalojamento do Museu Nacional de Arqueologia do Mosteiro dos Jerónimos para dar lugar ao Museu da Viagem, entre outras.
A deputada Gabriela Canavilhas era Ministra da Cultura quando a colecção de obras de Joan Miró foi alegadamente depositada num cofre da Caixa Geral de Depósitos e nunca as quis ver, nem ordenou o seu inventário.
Todos já entendemos que, para lá das manobras eleitorais e de propaganda para as batalhas eleitorais que parecem aproximar-se, existe um pacto de regime entre o PS e a coligação.
Porque razão o Grupo Parlamentar do PS queria visitar o depósito das obras e não propôs desde logo que o depósito fosse visitado por todos os deputados que integram a Comissão Parlamentar de Educação e Cultura?
Até quando os meios de comunicação social vão dar cobertura às manobras políticas de bastidor? Porque razão, neste caso, não procuram fazer uma investigação séria?
Nada a fazer! São todos uns trapaceiros!
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