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O lado do Caso BPN que poucos conhecem nos seus trâmites mais profundos, obscurecidos pelos interesses das partes envolvidas. O relevo dado a duas colecções de arte entretanto sem paradeiro, fazendo crer que são motivo de todo o descalabro do caso BPN
Esta escultura, cabeça masculina em bronze, grega, está supostamente sem paradeiro.
É suposto que os últimos que a terão visto foram os estimáveis arqueólogos Mário Varela Gomes, Virgílio Hipólito Correia e Rodrigo Banha da Silva, que sobre ela escreveram:
Cabeça de bronze. Cópia de museu de peça greco-romana: o sistema de colocação é moderno e solidário com o original. (Museu Britânico? Louvre? Nápoles? Atenas?)
É curioso que a obra mais similar a esta se encontra em Atenas, no Museu Arqueológico, procedente do santuário dedicado a Zeus, em Olímpia. É consensualmente aceite tratar-se do retrato de consagração de um atleta olímpico.
Na verdade, seria suposto fazer uma referência ao pugilista do Quirinal, escultura monumental em bronze descoberta em Roma, no Quirinal, cerca de 1885, guardada no Museu Nacional de Roma e não em Florença nem em Londres ou Paris.
Esta escultura e os seus similares causaram sempre no meu espírito crítico um forte ímpeto, por causa de uma pintura que era de Goya mas deixou de ser graças ao espírito diligente de Manuela Mena. Trata-se do ‘’Colosso’’. Foi de resto Manuela Mena quem descobriu que o ‘’Colosso’’ era obra de Praxíteles.
Em 2006, um estimado antiquário de Lisboa pediu-me que observasse e desse a minha opinião acerca de uma escultura em mármore, uma Afrodite rigorosamente replicada da consagrada ‘’Vénus Cirenaica’’ do Museu das Termas em Roma. A réplica lisboeta pertencera ao Marquês da Foz, em cujas colecções jazia desde os fins do Século XIX, antes mesmo da descoberta da réplica cirenaica em 1912.
Serenidade, senhores, a réplica da cabeça em bronze, grega, do BPN/GESLUSA ainda aparecerá um dia nas ruínas do Museu Nacional de Arqueologia.
Depois disto, é suposto eu confessar que não sou arqueólogo.